Licença de Pesca



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tucunaré

Tucunaré



Nome Popular
Tucunaré (tucunaré-açu; tucunaré-paca, tucunaré-pinima; tucunaré-pitanga; tucunaré-vermelho)


Nome Científico
Cichla spp.


Família
Cichlidae


Distribuição Geográfica
Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins, mas foi introduzido nos reservatórios da bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no rio São Francisco e nos açudes do Nordeste.


Descrição
Peixes de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. Existem pelo menos 14 espécies de tucunarés na Amazônia, sendo cinco espécies descritas: Cichla ocellaris, C. temensis, C. monoculus, C. orinocensis e C. intermedia. O tamanho (exemplares adultos podem medir 30cm ou mais de 1m de comprimento total), o colorido (pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, azulado, quase preto etc.), e a forma e número de manchas (podem ser grandes, pretas e verticais; ou pintas brancas distribuídas regularmente pelo corpo e nadadeiras etc) variam bastante de espécie para espécie. Todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúnculo caudal.


Ecologia
Espécies sedentárias (não realizam migrações), que vivem em lagos/lagoas (entram na mata inundada durante a cheia) e na boca e beira dos rios. Formam casais e se reproduzem em ambientes lênticos, onde constroem ninhos e cuidam da prole. Têm hábitos diurnos. Alimentam-se principalmente de peixes e camarões. São as únicas espécies de peixes da Amazônia que perseguem a presa, ou seja, após iniciar o ataque, não desistem até conseguir capturá-las, o que os torna um dos peixes mais esportivos do Brasil. Quase todos os outros peixes predadores desistem após a primeira ou segunda tentativa malsucedida. Todas as espécies são importantes comercialmente e na pesca esportiva.


Equipamentos
Varas de ação média a média/pesada, com linhas de 17, 20, 25 e 30 lb e anzóis de n° 2/0 a 4/0, sem o uso de empates. O uso de arranque com linha grossa é recomendado para evitar a perda do peixe nas galhadas.


Iscas
Iscas naturais (peixes e camarões) e artificiais. Praticamente todos os tipos de iscas artificiais podem atrair tucunarés, mas a pesca com plug de superfície é a mais emocionante. Os tucunarés "explodem" na superfície da água para capturar os peixinhos.


Dicas
Na pesca com isca artificial deve-se procurar manter a isca em movimento, porque o tucunaré pode pegar a isca 4 a 5 vezes antes de ser fisgado.



Recorde
Cichla temensis - Tucunaré-açu - 12,24kg/27lb

Trairão

Trairão




Nome Popular
Trairão


Nome Científico
Hoplias lacerdae e Hoplias macrophthalmus


Família
Erythrynidae


Distribuição Geográfica
Nas bacias amazônica (áreas de cabeceiras dos tributários) e Tocantins-Araguaia ocorre H. macrophthalmus e na bacia do Prata (alto Paraguai) H. lacerdae.


Descrição
Peixe de escamas; corpo cilíndrico. Pode atingir 20kg e mais de 1m de comprimento total, mas exemplares desse porte são difíceis de encontrar. A coloração é quase negra no dorso, os flancos são acinzentados e o ventre esbranquiçado. Possui a lígua lisa, sem dentículos.


Ecologia
Espécie piscívora, muito voraz. Vive na margem dos rios e de lagos/lagoas em áreas rasas com vegetação e galhos.


Equipamentos
Equipamento médio/pesado; linhas de 17, 20 e 25 lb.; anzóis de n° 6/0 a 8/0, encastoados com arame ou cabo de aço recapado de 50 a 100 lb.


Iscas
Iscas naturais, como pedaços de peixes (cachorra, matrinxã, curimbatá etc.). As iscas artificiais também são muito utilizadas, principalmente os plugs de superfície e meia água, spinnerbaits e colheres.


Dicas
Muito cuidado ao retirar o anzol da boca do trairão porque a mordida é forte e os dentes afiados.


Recorde
Hoplias macrophthalmus - Trairão - 13,5kg/29lb

Traíra

Traíra



Nome Popular
Traíra


Nome Científico
Hoplias malabaricus


Família
Erythrynidae


Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e do Atlântico Sul.


Descrição
Peixe de escamas; corpo cilíndrico; boca grande; dentes caninos, bastante afiados; olhos grandes; e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. Possui a língua áspera, com dentículos. A cor é marrom ou preta manchada de cinza. Chega a alcançar cerca de 60cm de comprimento total e 3kg.


Ecologia
Predador voraz, solitário, que pode ser encontrado em águas paradas, lagos, lagoas, brejos, matas inundadas, e em córregos e igarapés, geralmente entre as plantas aquáticas, onde fica a espreita de presas como peixes, sapos e insetos. É mais ativo durante a noite. Apesar do excesso de espinhas, em alguma regiões é bastante apreciado como alimento.


Equipamentos
Equipamentos leves; linhas de 10 a 20 lb.; anzóis de n° 1/0 a 6/0; recomenda-se o uso de empates.


Iscas
Iscas naturais: peixes e miúdo de frango. As iscas artificiais como spinnerbaits, spinners, poppers e sapos de borracha também são muito utilizadas.


Dicas
Ao pescar com iscas naturais, use chumbo acima da isca e bata na água. O barulho atrai as traíras e torna a pesca mais produtiva.


Recorde
1,41kg/3lb 2 oz

Piau-três-pintas

Piau-três-pintas



Nome Popular
Piau-três-pintas, Aracu-comum, Aracu-cabeça-gorda


Nome Científico
Leporinus friderici


Família
Anostomidae


Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.


Descrição
Peixe de escamas; corpo alongado e fusiforme (característica da família); boca terminal, um pouco inferior, com dentes incisivos e sem cúspides. A coloração é cinza, com três manchas arredondadas nos flancos, sendo a primeira na altura da nadadeira dorsal, a segunda entre a dorsal e a adiposa, e a terceira na base da nadadeira caudal. Alcança de 30 a 40cm de comprimento total e 1,5kg.


Ecologia
Espécie onívora, com tendência a carnívora (principalmente insetos) ou frugívora (frutos e sementes pequenas), dependendo da oferta de alimentos. Vive principalmente na margem de rios, lagos e na floresta inundada. É importante para a pesca de subsistência e para o comércio local, mercados e feiras.


Equipamentos
Equipamento leve, linhas 8 a 10 lb., anzóis pequenos e chumbada leve. Vara de bambu nas pescarias de barranco.


Iscas
Iscas naturais, como insetos, minhoca, milho, além de queijo e macarrão.


Dicas
É preciso muita habilidade para fisgar esses peixes, pois são muito ariscos.


Recorde
Leporinus piau - 2,0kg/4lb 6oz

Pacú

Pacú








Nome Popular

Pacu-comum, Pacu-branco, Pacu-manteiga


Nome Científico

Mylossoma spp., Myleus spp., Metynnis spp., Myloplus spp.


Família

Characidae


Distribuição Geográfica

Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco.


Descrição

Peixes de escamas. Existem vários gêneros que recebem o nome de pacu. O corpo é alto e bastante comprimido; a forma é arredondada ou ovalada; a cabeça e a boca são pequenas; apresentam uma quilha pré-ventral serrilhada. Os dentes são fortes, cortantes ou molariformes, dispostos em uma ou duas fileiras em ambas as maxilas. Em algumas espécies, o primeiro raio da nadadeira dorsal é um espinho. As escamas são diminutas, dando um aspecto prateado. A coloração varia de espécie para espécie, mas normalmente são claros, podendo apresentar manchas variadas no corpo e nadadeiras coloridas. O tamanho varia de 15-30cm dependendo da espécie.


Ecologia

Em geral as espécies são herbívoras, se alimentam de material vegetal e algas, com tendência a frugívoras. Algumas espécies podem ser encontradas em rios, lagos e na floresta inundada, outras em pedrais e corredeiras. São importantes na pesca de subsistência. Na Amazônia, M. duriventre (pacu-comum) forma cardumes e desce os rios para desovar, sendo importante na pesca comercial local.


Equipamentos

Equipamento do tipo leve/médio; linhas de 10 a 14 lb.; chumbada pequena; anzóis pequenos. Na pesca de batida, usa-se vara de bambu com linha de 25 a 30 lb. e anzóis até o n° 5/0.


Iscas

Iscas naturais, como frutos/sementes, algas filamentosas e minhoca.


Recorde

Myleus rubripinnis - pacu-prata - 1,5kg/3lb 4 oz